O XUKALHO

Blogue para "axukalhar" as memórias...e não só.

sábado, 30 de abril de 2011

CARTA ABERTA AO POVO FINLANDÊS


Encontrei por bem contar aqui os pormenores de uma história que, por muito que pareça pertencer ao passado, tão facilmente nos lembra a todos das travessuras partidas de que a História é capaz de pregar. E por muito incompreensível que possa parecer, as travessuras e partidas que a História às vezes prega, surpreendem em especial aqueles com a memória mais curta. O local foi Lisboa, e o ano, 1940, mais concretamente o trigésimo nono dia após o final da primeira e heróica guerra combatida pelo perseverante povo Finlandês contra a tentativa estrangeira de apagar a vossa pequena nação do mapa dos países livres e independentes da Europa. A Guerra do Inverno na qual a Finlândia contrariamente ao que todos julgavam poder ser possível derrotou o bolchevismo o imperialismo Russo, teve na altura um impacto muito maior do que o que julga hoje a maior parte dos finlandeses. Os gritos de sofrimento e os horrores da primeira guerra Russo-Finlandesa e os terríveis sacrifícios impostos ao vosso pequeno país, comoveu e tocou o coração do povo Português no outro longínquo canto deste velho continente chamado Europa. Talvez fosse por causa de um sentimento de irmandade, ou mesmo de identificação com os sacrifícios para que uma outra nação pequena e periférica acabava de ser atirada...mas a ânsia de ajudar a Finlândia rapidamente emergiu entre os portugueses, tão orgulhosos que são hoje quanto orgulhosos eram então dos valores da independência e da nacionalidade. A nação europeia com as fronteiras mais estáveis e com a paz mais duradoura de todas, não podia permitir-se, e não permitiu, permanecer no conforto da passividade de nada fazer relativamente ao destino para o qual a Finlândia tinha sido atirada, confrontada que esta estava com o perigo iminente de se tornar em apenas mais uma província Estalinista. Portugal era na altura um país encruzilhado, submergido em pobreza e constrangido por uma ditadura cruel e fascista. Os Portugueses eram nesses tempos quase todos invariavelmente pobres, analfabetos, oprimidos e infelizes, mas também trabalhadores, honestos, orgulhosos, unidos e cheios de compaixão, mobilizados em solidariedade para oferecerem o que de mais pequenino conseguiram repescar para ajudarem o necessitado e desesperado povo Finlandês. Em cidades e vilas e aldeias de Portugal, agricultores, operários e estudantes, pais e mães, que aos milhões talvez possuíssem não mais do que apenas 3 mudas de roupa, ofereceram os para si mais modestos e preciosos bens que, mal grado a penúria, conseguiram prescrever como dispensáveis: cobertores, casacos, sapatos e casacões, e para os mais felizardos sacos de trigo e quilos de arroz cultivados à mão nas lezírias e terras baixas dos rios portugueses. As ofertas foram recolhidas por escolas e igrejas do norte e do sul, e embarcadas para Helsínquia com a autorização prévia da Alemanha Nazi e Aliados. Num extraordinário gesto de gratidão, o Sr. George Winekelmann, que era o então representante diplomático da Finlândia em Lisboa e Madrid, publicou um apontamento na primeira página do prestigioso jornal “Diário de Noticias” para agradecer ao povo Português a ajuda e assistência prestadas à Finlândia no mais difícil de todos os inconsoláveis tempos. O bem-haja a Portugal foi publicado no vigésimo primeiro dia de Abril de 1940, há quase exactamente 70 anos neste dia presente que corre, e descreve que “Na impossibilidade de responder directamente a cada um dos inumeráveis testemunhos de simpatia e de solidariedade que tive a felicidade de receber nestes últimos meses, e que constituíram imensa consolação e reconforto moral e material para o meu país, que foi objecto de tão dolorosas provações, dirijo-me à Nação Portuguesa, para lhe apresentar os meus profundos e comovidos agradecimentos. Nunca o povo finlandês esquecerá a nobreza de tal atitude. Estou certo de que os laços entre Portugal e Finlândia se tornaram mais estreitos e que sobreviverão ao cataclismo do qual foi o meu país inocente vítima, contribuindo assim para atenuar as consequências de tão injustificada agressão”. Em virtude de um outro esforço de ajuda à Finlândia organizado por estudantes Portugueses, o Sr. George Winekelmann mais uma vez voltou à primeira página do mesmo jornal para, numa nota escrita no dia 16 de Julho de 1940, expressar o seu imenso agradecimento: “O Sr. George Wineckelmann, ministro da Finlândia, esteve ontem no Ministério da Educação Nacional (…) a agradecer o interesse que lhe mereceram as crianças do seu país por ocasião do conflito com a Rússia (…) e o seu reconhecimento pela importante dádiva com que os estudantes portugueses socorreram os pequeninos da Finlândia”.Por irónico que seja, o nacionalismo e as formas pelas quais alguns Europeus escolhem para o expressar nos dias presentes, estão em completo contraste com o valor do conceito de Nação expresso há 70 anos por um país bem mais velho, e por um povo bem menos rico e bem mais analfabeto, quando confrontado com a luta pela sobrevivência de uma nação irmã, que é bem mais rica, bem mais instruída e….bem mais jovem. Todos devemos ao passado a honra de não esquecer os feitos e triunfos daqueles que já não vivem. O conceito de verdadeiro nacionalismo não pode jamais ficar dissociado do dever de honrarmos o passado. Ao cabo de 870 anos de História, por vezes com feitos tremendos e ainda maiores descobertas, um dos sucessos de Portugal como nação tem sido a capacidade de o seu povo unido e homogéneo, olhar serenamente de mãos dadas para lá do horizonte da sua terra, sem nunca ter medo dos desafios desconhecidos dos sete mares em frente, sem nunca fechar a ninguém as portas hospitaleiras e da amizade, e sem nunca fugir dos contratempos que possam defrontar-se-lhe na senda do seu destino. Por mais irónico que seja, algo não parece bater certo quando a condição a que chegou a economia de um Estado de uma pequena nação, por maneira curiosa se torna talvez decisiva nas escolhas eleitorais tomadas por um povo de uma outra e ainda mais pequena nação, no outro canto tão longínquo da Europa. Por mais que merecida ou desejável que possa ser, a recusa de auxiliar e ajudar uma nação dorida e testada pelos ventos de um cataclismo financeiro não é provavelmente o passo mais sábio de países unidos por espírito e orgulhosos de honrarem os verdadeiros intrínsecos valores de solidariedade e mútua amizade, em especial quando atormentados por adversidade e ventanias de crise. Por mais corrupta que a sua elite se comporte, por mais desgovernado que o seu país ande, e por mais caloteiro que o seu Estado seja, os homens e mulheres comuns de Portugal, filhos e filhas e netos e netas daqueles que viviam há 70 anos atrás, sentem-se e são os reféns e vítimas inocentes de uma Guerra financeira que viram ser-lhes declarada contra os seus bolsos e carteiras, e que ameaça as suas honestas e modestas poupanças. Mas não obstante confrontados nos agora tempos de hoje, em aparente insolvência e nas mais sozinhas de todas as suas horas, com o desespero e adversidade, eu estou confiante e seguro de que os Portugueses de hoje, mães e pais, agricultores, trabalhadores, padres e estudantes, e até mesmo crianças, de lés a lés naquele país se elevariam da consciência, a fim de mostrar os seus mais sinceros e genuínos sentimentos de nacionalismo e humildade para ajudarem e confortarem a Finlândia e o povo finlandês, se alguma outra vez cataclismo ou desastre batesse à porta da Finlândia e iluminasse a ideia obscura da extinção da heróica nação Finlandesa, tal como aconteceu há sete décadas passadas. Todos nós podemos aprender com as pequenas e genuínas lições dos tempos que lá vão.

Hélder Fernandes

Correspondente da TSF

Obrigada Hélder Fernandes os povos têm por vezes memórias curtas, haja alguém que lhas avive.


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O GRITO


Mereceu figurar no meu blogue este grito de revolta por uma situação repugnante igual a tantas outras que grassam neste país à beira duma banca rota. Uma carta dirigida à Carris subscrita por Marisa Moura.(Transcrita na integra)

Exmos. Senhores José Manuel Silva Rodrigues, Fernando Jorge Moreira da Silva, Maria Isabel Antunes, Joaquim José Zeferino e Maria Adelina Rocha,

Chamo-me Marisa Sofia Duarte Moura e tenho nº de contribuinte...(a) da República Portuguesa. Venho por este meio colocar-vos, a cada um de vós, algumas perguntas: Sabia que o aumento do seu vencimento e dos seus colegas, num total extra de 32 mil euros, fixado pela comissão de vencimentos numa altura em que a empresa apresenta prejuízos de 42,3 milhões e um buraco de 776,6 milhões de euros, representa um crime previsto na lei sob a figura de gestão danosa? Terá o senhor(a) a mínima noção de que há mais de 600 mil pessoas desempregadas em Portugal neste momento por causa de gente como o senhor(a) que, sem qualquer moral, se pavoneia num dos automóveis de luxo que neste momento custam 4.500 euros por mês a todos os contribuintes?
A dívida do país está acima dos 150 mil milhões de euros, o que significa que eu estou endividada em 15 mil euros. Paguei em impostos no ano passado 10 mil euros. Não chega nem para a minha parte da dívida colectiva. E com pessoas como o senhor(a) a esbanjar desta forma o meu dinheiro, os impostos dos contribuintes não vão chegar nunca para pagar o que realmente devem pagar: o bem-estar colectivo. A sua cara está publicada no site da empresa. Todos os portugueses sabem, portanto, quem é. Hoje, quando parar num semáforo vermelho, conseguirá enfrentar o olhar do condutor ao lado estando o senhor(a) ao volante de uma viatura paga com dinheiro que a sua empresa não tem e que é paga às custas da fome de milhares de pessoas, velhos, adultos, jovens e crianças? Para o senhor auferir do seu vencimento, agora aumentado ilegalmente, e demais regalias, há 900 mil pessoas a trabalhar (inclusive em empresas estatais como a "sua") sem sequer terem direito a Baixa se ficarem doentes, porque trabalham a recibos verdes. Alguma vez pensou nisso? Acha genuinamente que o trabalho que desempenha tem de ser tamanhamente bem remunerado ao ponto de se sobrepor às mais elementares necessidades de outros seres humanos?
Despeço-me sem grande consideração, mas com alguma pena da sua pessoa e com esperança que consiga reactivar alguns genes da espécie humana que terá com certeza perdido algures no decorrer da sua vida.

Marisa Moura

(a) Omitido o número de contribuinte.

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Dia em Revista - Trovoadas e Granizo

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

A BODA REAL

Pois que a Cate está bonita, sim senhora, dentro do género básicozinho real, num Alexander Mcqueen by Sarah Burton . Já se sabe que não são permitidos grandes devaneios estilísticos, por isso até não está mal. Faz-me lembrar o da Letizia.
Letizia essa que resolveu ir vestida de péssima para a boda real. Ontem estava muito bem, no jantar de honra, num longo cinzento, mas hoje não sei o que é lhe deu.


Não gosto de nada. Dos sapatos ao chapéu, acho tudo um horror. O vestido até era capaz de escapar noutro evento qualquer, mas num casamento real estava à espera de mais.Apostei todas as minhas fichas na Leti e ela vai e faz-me isto. Sonsa!

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

José Malhoa - Facebook (Baile de Verão)

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Parece-me um conselho bastante útil. Como conseguir boa visão ao dirigir sob chuva forte. Não se sabe o motivo mas funciona muito bem quando chove muito. É sugestão de um policial que experimentou e confirmou.
Também é útil em condução nocturna.
Nós, motoristas ligamos os limpadores de parabrisas em velocidade rápida ou máxima durante chuvas pesadas mas a visibilidade ainda é bastante ruim. Se você enfrentar tal situação, ponha óculos de sol (qualquer modelo serve).
Parece um milagre! De repente, a visibilidade fica perfeita, como se não estivesse chovendo. Assim, mantenha sempre um par de óculos de sol no porta-luvas do carro para ter boa visão em caso de chuva. Ainda verá as gotas no pára-brisa mas não a lâmina de chuva.
Poderá ver onde a chuva salta para fora da estrada e os respingos dos pneus do carro que vai à sua frente. Esta pequena dica deveria ser incluída na formação do motorista. É excelente!!!!!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

VAMOS DANÇAR

Personalize funny videos and birthday eCards at JibJab!

sábado, 16 de abril de 2011

Ca temos o Paulo Futre.

Kadafi fala no Parque dos Poetas ...

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quarta-feira, 13 de abril de 2011

VEM VAMOS EMBORA ...

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ESTOU CERTA OU ESTOU ERRADA??

Foi a 1 de Janeiro de 1986 que Portugal entrou na CEE. Acreditou-se que com este grande passo haveria uma efectiva abertura económica e um aumento na confiança interna da população. O Estado pouco ou nada reformou, as clientelas do costume continuaram a engordar. Apesar de tudo avançou-se bastante em termos de concretização de muitos direitos sociais (habitação, saúde, educação…) as infra-estruturas começaram a renovar-se a bom ritmo.

Hoje 13 de Abril de 2011 e passados que são 25 anos eu uma simples dona de casa, reformada, pergunto-me se valeu a pena?? Não quero estragar os versos ao Pessoa mas debruçada sobre os problemas graves que assolam este pedacinho de terra à beira mar plantado e perante as dificuldades que a França e a Alemanha põe em assinar o cheque, concretizando o empréstimo monetário a Portugal, através do FMI, mais me questiono.

Exigem ao povo moderação, contenção dos gastos, impõe um desemprego desordenado a quem já nada tem de seu, nem perspectivas...enquanto tivemos que cortar nas nossas exportações agrícolas para a Europa e restringir as nossas fronteiras marinhas, obrigando o país, ora sem necessidades, a ter que importar estes bens ao estrangeiro, tudo muito bem, agora que o país está agonizante, até um tubo de soro é posto em questão e sem a aprovação estrangeira lhe será negado. Continuamos com uma justiça que da justiça só nos apercebemos da sua imagem esbelta de mulher com uma balança, de pratos equilibrados, que pesa não sei o quê, por certo o ar que nem respiramos porque a poluição nos obriga a carregar bilhas de oxigénio. E continuam impunes e sem julgamento, até que prescrevam, os casos BPN, BPP, Casa Pia e tantos outros que interessam a essas altas individualidades que se mantenham apagados...meu avô ensinou-me que o exemplo começa sempre por cima... onde é que anda esse substantivo que o não vejo em lado nenhum ou será que ceguei de vez??? Nunca é tarde para dizer a esses senhores, Basta, e relembro por fim de Ary dos Santos dois versos...serei tudo o que disserem: Poeta castrado Não... (Poeta Castrado, Não! - Lisboa, 1973).

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

E CONTRA FACTOS...NÃO HÁ ARGUMENTOS...


Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal e dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho"português: Sabes, nós os portugueses, somos pobres ... Respondeu-me: "Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu? Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA? Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e por cartas de crédito ao triplo que nós pagamos nos EUA? Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso. Nós é que somos pobres por exemplo:

Em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 23% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 23% pagais ainda impostos municipais. Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. Pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA.... Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da Nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e dos seus autarcas.

Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada. Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre os ordenados e ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 €uros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e da electricidade.

Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres Conformamo-nos com a segurança pública. Vocês enviam os filhos para colégios privados financiados pelo Estado enquanto que nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os possam comprar. Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro. Vocês, portugueses, não são pobres, são é muito estúpidos........."

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Geração à Rasca - A Nossa Culpa

Geração à Rasca - A Nossa Culpa

Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!


Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.

Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.

A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.

Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a geração actualmente entre os 30 e os 50 anos vingaram-se da forma em que foram criados, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse.

Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.

São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos phones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou.

Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.


Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada;

uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso.

Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento.
Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.

Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.

Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!

Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.

Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.

Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.


Pode ser que nada/ninguém seja assim.

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terça-feira, 5 de abril de 2011

BANDOLEIRO - Ney Matogrosso

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O BEIJO DE CADA SIGNO

Os beijos são uma arma poderosa na hora de seduzir.Através deles, é possível expressar vários sentimentos. Veja agora,como cada signo beija e caia de boca nessa deliciosa tentação!

CARNEIRO Entrega-se de corpo e alma quando está beijando. É um beijo quente, entusiasmado, cheio de paixão. Bastante impulsivo, prefere impôr o jeito de beijar.

TOURO Tem um beijo cheio de desejo e sensualidade. Gosta de despertar as mais variadas sensações a quem beija. É calmo e prefere beijos longos e muito profundos, molhados.

GEMEOS O seu beijo é muito diferente e criativo. Não gosta de rotina na hora de beijar. Adora brincar com os lábios e com a língua, faz o perfeito jogo da seduçao, deixando sem fôlego o seu amor.

CARANGUEJO Muito romantismo, carinho e suavidade fazem parte do seu beijo. Quando está muito envolvido, gosta de beijar ardentemente. Sabe exatamente o que a outra pessoa está espera dele.

LEAO Quer que todos os seus beijos sejam mesmos inesquecíveis, por isso não mede esforços para que sejam perfeitos. Tem muita força e desejo na hora de beijar o seu companheiro(a).

VIRGEM A timidez não interfere no beijo, geralmente apaixonado, deste signo.Toca fundo no coração e quer que o par se sinta super bem. Na verdade, nao parece, mas ele é um grande beijoqueiro.

BALANÇA Mistura palavras, carinhos e gestos românticos enquanto está beijando. Gosta de muito mimo também. E não tem pressa. Beijo para ele tem que ser bem devagar e repleto de carícias.

ESCORPIAO Tem o beijo mais erótico e quente. Primeiro envolve a pessoa em sua magia, mistério e romantismo, depois dá o fora. A sensualidade é a marca registada dos seus beijos.

SAGITARIO Adora muitos carinhos e carícias enquanto beija. Gosta de se sentir especial e que a pessoa se entregue ao seu beijo. É bastante assanhado com as mãos na hora em que está beijando.

CAPRICORNIO Pode ser uma caixinha de surpresas. O seu beijo começa tímido, meio sem graça, mas depois transforma-se num beijo quente, explosivo, cheio de desejo. Essa é a sua arma secreta na hora de seduzir.

AQUARIO Adora inovar até quando vai beijar, por isso seus beijos nunca são iguais. Gosta de abraçar a pessoa amada enquanto beija. Precisa estar envolvido por inteiro para desfrutar do beijo.

PEIXES A sua característica principal é dar prazer ao outro. Faz de tudo para que seu beijo seja leve e suave. É muito romântico e gosta de se sentir amado e querido na hora dessas intimidades.

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