O XUKALHO

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quinta-feira, 24 de março de 2011

VALÁQUIA VLAD TEPES OU O CONDE DRÁCULA


O mais famoso vampiro do mundo é sem dúvida nenhuma o Conde Drácula. E eis que surge a pergunta: Ele existiu ou não?
Historicamente provado ele existiu mas não como um vampiro. O seu nome era Vlad Tepes, ou Vlad Drácula, mais exatamente Vlad III. Vlad Drácula tem sido tão confundido com a moderna lenda dos vampiros que é difícil ignorá-lo, mas com a razão de corrigir o conceito popular sobre esta personagem tão desconhecida.
Todos sabem quem foi Vlad Drácula. Ou pelo menos pensam que sabem. De acordo com a opinião popular, Vlad Drácula, também conhecido como Vlad o Empalador (Tepes), foi um príncipe no país da Transilvânia durante o século XV. Por causa de sua extrema crueldade, ficou conhecido como Drácula, que significa "filho do diabo". Era tão diabólico que as pessoas acreditavam que era um vampiro, ou pelo menos tinha um pacto com o diabo.
Vlad III, como era chamado, já que nem Tepes nem Drácula são nomes ou títulos verdadeiros, foi um personagem real.
O termo "Drácula", que originalmente não significa "filho do diabo", mas "filho do Dragão", veio de seu pai, que era filho de um Cavaleiro da Ordem do Dragão.
Vlad II era chamado "Dracul", que significa "Dragão".
Vlad III, o seu filho, era chamado "Drácula".
A confusão da terminologia cresceu por causa da palavra "Drache", ou Dragão, que foi o cognome de Vlad II, e similar à palavra Romana "Drac", que pode significar dragão ou diabo (considerando as factos depois da subida ao poder de Vlad III, "filho do Diabo" o que é mais apropriado para o seu nome.) Ele viveu de 1431 a 1476.
Na realidade, ele não foi o governante da Transilvânia. Ele foi de facto o governante de uma região vizinha conhecida como Valáquia, originalmente parte do Império Romano conhecido como Dacia, estas terras estavam sobre o controle da Hungria por volta do século XI.
Enquanto esta parte da história europeia se torna fascinante ao ler, encontramo-nos particularmente envolvidos com um indivíduo, Vlad III, ou Drácula, deixemos de lado a intriga política, batalhas e alianças das províncias na região e concentraremos a nossa atenção em Vlad. Vlad nasceu numa cidade da Transilvânia chamada Sighisoara em 1431 enquanto o seu pai, Vlad II, vivia exilado.
Vlad II tentava conseguir apoios para reconquistar o trono de Valáquia de Alexandru I.
Nada mais se sabe sobre a infância de Vlad III.
Teve dois irmãos, Mircea e Radu.
A sua educação primária foi-lhe dada por sua mãe. A sua verdadeira educação veio mais tarde, quando seu pai recuperou o trono, eliminando Alexandru. Teve uma educação típica para a época. Foram-lhe transmitidos ensinamentos que o tornariam um perfeito cavaleiro cristão, incluindo combate pessoal, artes relacionadas com a guerra, táticas...
Mesmo depois de Vlad II ter reconsquistado o trono, a situação da Valáquia era instável. Guerra após guerra Vlad III tornou-se prisioneiro de um Sultão e a Valáquia foi dominada pelo Império Otomano.
Depois de algumas guerras Vlad II recuperou o trono e fez com que seu filho fosse solto. Mas foi assassinado pelos Otomanos e Vlad III foi prisioneiro do novo Imperador, esperando sempre pela hora da revolta, para vingar a morte do seu pai.
Foi com estes pensamentos que retomou o poder . Este foi o início do grande período de Vlad III no trono: de 1456 até 1462 fez a cidade de Trigoviste a capital, e construiu um castelo nas Montanhas próximas ao Rio Arges. Começou a sua própria guerra contra os Turcos durante aquele período, e obteve certo êxito.
Tornou-se um herói, tinha habilidade de luta, a sua crueldade fez com que os soldados Turcos o temessem. Mas como vimos anteriormente, a Valáquia não tinha meios de prosseguir a investida contra os Turcos sem a ajuda do rei da Hungria, Matthias Ccovinus, o filho de John Hunyadi, apoiou-o muito pouco.
Também foi neste período que a maioria das suas atrocidades o fizeram abominável. Vlad III foi forçado a fugir para Transilvânia de novo em 1462 , depois de outra invasão Turca.
A sua esposa atirou-se da torre do castelo, preferiu isto a ser levadas pelos Turcos.
Vlad pediu ajuda ao rei, mas em vez disso tornou-o prisioneiro durante doze anos. A sua prisão foi aparentemente agradável, pois aos poucos fora conquistando o rei novamente, e até conheceu e casou com uma donzela da família real. Segundo alguns historiadores, a irmã do próprio rei. Enquanto isso, o irmão de Vlad III, Radu, assumiu trono de Valáquia, com a ajuda dos turcos.
Em 1474, Vlad III tentou de novo retomar o trono. Ajudado pelo príncipe Stephen Bathory da Transilvânia, invadiu a Valáquia. O seu irmão, Radu, tinha morrido alguns anos antes e tinha sido sucedido por outro Turco, Basarab o Velho. Quando os soldados de Vlad III se aproximaram, Basarab e seus partidários fugiram e Vlad III assumiu finalmente o trono.
Mas logo depois, os seus homens abandonaram-no, deixando-o numa situação difícil. Teve que deixar um exército de 4 mil homens invadir a Valáquia pois o seu exército não tinha forças suficientes para lutar, porém com as poucas que lhe restavam lutou até à morte.
Uns dizem que morreu com bravura, como um herói. Mas a mais plausível seria que ele abandonou o exército para se infiltrar no inimigo, tendo sido descoberto e morto pelos seus próprios homens. A cabeça foi mandada para Constantinopla onde o Imperador espetou num pau e a mostrou ao povo dizendo que o torturador estava morto.
Foi enterrado em Snagov, um mosteiro localizado perto de Bucharest. Sem dúvida, Vlad III foi uma das pessoas mais diabólicas e sanguinárias do seu tempo.
Lendo a sua história apresenta-se como um herói para muitos, mas quando se começa a descobrir os seus feitos, desde prisões, assassinatos a canibalismo surge-nos como figura vampiresca nos livros de ficção.
Conta-se que no meio da sua mesa de jantar havia um enorme espeto, onde colocava um soldado inimigo vivo e o começava a comer aos pedaços, ouvindo os gritos como musica. Ou quando punha os seus inimigos de costas e lhes enfiava uma estaca no ânus, o sangue escorria para o cálice.
Uma outra vez convidou todos os mendigos de sua cidade para um jantar e enquanto todos se divertiam ateou fogo à sala, jantando noutra enquanto assistia aos corpos dos inocentes desfazendo-se em cinzas.
A primeira pessoa a usar Drácula como um vampiro foi o escritor Bram Stocker. De facto, o personagem de Drácula, escrito por Stocker, parece-se mais com um anjo quando se compara ao verdadeiro.
Enquanto que o Drácula de Stocker matava as suas vítimas ocasionalmente, na vida real, Drácula, dizimava cidades inteiras.
Esta época parece ter sido cruel. Torturas de uma forma ou outra, eram utilizadas como castigo pelos crimes e infracções morais, mas também para extrair "confissões" de suspeitos.
As pessoas eram executadas com muita crueldade; cozidas e queimadas vivas, despedaçadas pelos cavalos... O comportamento de Vlad valeu-lhe o sobrenome deTepes (Empalador).
A morte pela perfuração foi uma forma de execução que Vlad III usava com mais frequência. As estacas eram bem arredondadas ou geométricas, não afiadas, e besuntavam-nas com óleo. Quando a vítima era perfurada, geralmente pelo ânus, os outros órgãos eram deslocados, sem destruir, para que lhes prolongasse mais a vida numa profunda agonia. Os corpos eram deixados empalados durante meses . Vlad tinha centenas, às vezes milhares de pessoas executadas ao mesmo tempo.
Um relatório diz que os soldados Turcos que invadiam aquelas terras, voltavam para trás, horrorizados quando viam os milhares de corpos decompondo-se nas estacas ao longo da margem do rio.
Num outro relatório, indica que em 1460 Vlad teve dez mil pessoas perfuradas ao mesmo tempo na cidade de Sibiu na Transilvânia, onde ele viveu. Outro dizia que ele tinha sacrificado trinta mil comerciantes e nobres na cidade de Brasov. Uma das imagens mais horríveis mostrando como Vlad festejava a contagem das pessoas na estaca, contorcendo-se de dôr até à morte. O empalamento não foi a única forma de execução e tortura usados por Vlad III. Desde pregos espetados nas diversas partes do corpo, braços e pernas decepados, cegarem, orelhas e narizes cortados, órgãos sexuais nas mulheres mutilados, foram algumas das práticas utilizadas pelo sanguinário Vlad. Qualquer pessoa era sujeita a tortura e morte. Muitas das atrocidades foram aparentemente tentativas de obrigar o seu código moral a reger os cidadãos da Valáquia. Os preguiçosos, sem castidade (especialmente mulheres), mentirosos, sem escrúpulos nos negócios (ou mesmo estar sob suspeita) eram sempre executados. Leva-nos a crer que ele tivesse a necessidade de justificar os seus actos, e em alguns casos, homens, mulheres e crianças, foram torturados inocentes.
É de suspeitar tanta crueldade, muitas destas histórias apoiam-se em factos pouco verídicos. Muitos destes contos tiveram origem na Alemanha, Rússia e Turquia. Fontes que sem dúvida, exageraram a crueldade de Vlad.
Os seus amigos retratavam-no como um monstro que chacinava inocentes com alegria, enquanto que outros mais simpáticos retratavam-no tão cruel como justo, que era obrigado a utilizar métodos extremos para controlar a corrupção e imoralidade. Os historiadores acordaram, no entanto, que muitos dos eventos acima narrados realmente aconteceram.

2 Comentários:

  • Às 26 de março de 2011 às 10:12 , Anonymous Anónimo disse...

    essa eu não sabia

     
  • Às 14 de janeiro de 2012 às 16:20 , Blogger Beatriz Reis Teixeira disse...

    Bom eu acho que dessas história foram feitas para não descobrirem a verdade sobre vampiros se Vlad Tepes ou Drácula se ele fez pacto com o diabo é possivel que sim existe vampiros já que dizem que vampiros é coisa do diabo mais pode ate ser . também ninguém garante que aja algum deles do bem. aqui esta o meu comentário beijos
    Beatriz Reis Teixeira.

     

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