O XUKALHO

Blogue para "axukalhar" as memórias...e não só.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

DOMINIQUE STRAUSS KAHN


Recebi esta mensagem no meu correio electrónico, quem ma enviou, pôs a hipótese de não ser verídica, para vos ser sincera, desde o princípio que o caso foi julgado por mim como uma armadilha montada ao Presidente do FMI. Vou até mais longe, quem sabe se o facto não tivesses acontecido, o Sr. Strauss Kahn não fosse o próximo Presidente eleito em França?

Dominique Strauss Kahn foi eliminado por ameaçar a elite financeira mundial

Dominique Strauss Kahn foi vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por se ter tornado uma ameaça crescente aos grandes grupos financeiros mundiais. As suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transacções financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam e mandam na economia mundial. Não vale a pena pronunciar-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss Kahn é acusado, os media já o lincharam. De qualquer maneira este caso criminal parece demasiado bem orquestrado para ser verdadeiro, as incongruências são muitas e é difícil acreditar nesta história. O que interessa aqui salientar é: quem beneficia com a saída de cena de Strauss Kahn? Convém lembrar que quando em 2007 ele foi designado para ser o patrão do FMI, foi eleito pelo o grupo do clube Bilderberg, do qual faz parte. Na altura, ele não representava qualquer "perigo" para as elites económicas e financeiras mundiais com as quais partilhava as mesmas ideias. Em 2008, surge a crise financeira mundial e com ela, passados alguns meses, as vozes criticas quanto à culpa da banca mundial e à ao papel permissivo e até colaborante do governo norte-americano. Pouco a pouco, o director do FMI começou a demarcar-se da política seguida pelos seus antecessores e do domínio que os Estados Unidos sempre tiveram no seio da organização. Ainda no início deste mês, passou despercebido os media o discurso de Dominique Strauss Kahn. Ele estava agora bem longe do que sempre foi a orientação do FMI. Progressivamente o FMI estava a abandonar parte das suas grandes linhas de orientação: o controlo dos capitais e a flexibilização do emprego. A liberalização das finanças, dos capitais e dos mercados era cada vez mais, aos olhos de Strauss Kahn, a responsável pela proliferação da crise "made in America". O patrão do FMI mostrava agora nos seus discursos uma via mais "suave" de "ajuda" financeira aos países que dela necessitavam, permitia um desemprego menor e um consumo sustentado, e que portanto não seria necessário recorrer às privatizações desenfreadas que só atrasavam a retoma económica. Claro que os banqueiros mundiais não viam com bons olhos esta mudança, achavam que está tudo bem como sempre tinha estado, a saber: que a política seguida até então pelo FMI tinha tido os resultados esperados, isto é os lucros dos grandes grupos financeiros estavam garantidos. Esta reviravolta era bem-vinda para economistas progressistas como Joseph Stiglitz que num recente discurso no Brooklings Institution, poderá ter dado a sentença de morte ao elogiar o trabalho do seu amigo Dominique Strauss Kahn. Nessa reunião Strauss Kahn concluiu dizendo: "Afinal, o emprego e a justiça são as bases da estabilidade e da prosperidade económica, de uma política de estabilidade e da paz. Isto são as bases do mandato do FMI. Esta é a base do nosso programa". Era impensável o poder financeiro mundial aceitar um tal discurso, o FMI não podia transformar-se numa organização distribuidora de riqueza. Dominique Strauss Kahn tinha-se tornado num problema. Recentemente tinha declarado: "Ainda só fizemos metade do caminho. temos que reforçar o controlo dos mercados pelos Estados, as políticas globais devem produzir uma melhor distribuição dos rendimentos, os bancos centrais devem limitar a expansão demasiado rápida dos créditos e dos preços imobiliários Progressivamente deve existir um regresso dos mercados ao estado". A semana passada, Dominique Strauss Kahn, na George Washington University, foi mais longe nas suas declarações: "A mundialização conseguiu muitos resultados...mas ela também um lado sombrio: o fosso cavado entre os ricos e os pobres. Parece evidente que temos que criar uma nova forma de mundialização para impedir que a "mão invisível" dos mercados se torne num "punho invisível".

Dominique Strauss Kahn assinou aqui a sua sentença de morte, pisou a alinha vermelha, por isso foi armadilhado e esmagado.

4 Comentários:

  • Às 7 de junho de 2011 às 12:33 , Blogger R.Gomes disse...

    Armadilha sim, igual ao isco que se coloca no anzol, ambos "comeram" e se deram mal. O que não acho "coincidência" é ser uma igual queixa de violação, tanto para Assange como para Strauss Kahn.
    Na minha modesta opinião julgo que ambos são culpados de cederem à tentação e por ai apanhados. Motivos há muitos e servem para justificar ou 2 a 0 para o Poder instituido ou empate a 1, num "jogo" entre o tal Poder instituido (mercados) contra a liberdade (dos Wikileaks). A duvida que permanece é onde SK jogará? Será dolado do Poder ou, como nesse e-mail, na equipe da tal "liberdade". O meu "voto" vai para os mercados o que faz o resultado 1 a 1.

     
  • Às 7 de junho de 2011 às 15:51 , Anonymous Anónimo disse...

    parece perfeitamente plausível. é assim que se faz aos dissidentes que põem entraves às políticas económicas oligárquicas. as massas são crédulas e fáceis de manobrar.

    outro linchamento foi ao Assange, cujo único crime foi acreditar na palavra de quem o levou p a cama com segundas intenções.

     
  • Às 8 de junho de 2011 às 01:05 , Anonymous Anónimo disse...

    está tdo mto certo e mto bem explicado...até podemos considerar k este homem começou a tornar-se uma ameaça e aproveitaram o facto de ele alegadamente ter um comportamento sexual desviante para o queimarem. o k não dá pra negar é a seguinte questão: como pode um ser humano que pretensamente considera a Mulher um lixo´, um item descartável depois de usado, aproveitar-se da sujeiçao intrinseca a quem serve para com o k é servido, e principalmente alguém com tal poder, e subjugar esse ser-humana a uma subserviencia vil, e ainda consegir ao mesmo tempo ser um cidadão preocupado com o bem estar geral e as condições de mercado com vista ao progresso de todos?? não acham tal uma convivencia impossivel, um completo contracenso? Kem não respeita o proximo, como pode ser altruista com os outros? vale a pena ponderar...

     
  • Às 9 de junho de 2011 às 16:34 , Blogger MAC disse...

    Gostei de ler os vossos comentários até porque pensei que embora não sendo um blogue publicitado, não tivesse qualquer aderência. Mentir-vos-ia se, ao conhecer a notícia, não me apercebesse que haveria uma tramóia no ar...Não há dúvida que como elemento "no grato" haveria todo o interesse em afastá-lo da linha da frente e isso aconteceu...Pegaram-lhe pelo ponto fraco..."as mulheres" a parte sexual...de modo algum o culpabilizo do que aconteceu, porque convenhamos que "um acto sexual" é feito a dois e não estou a ver uma empregada de hotel, entrar num quarto de hóspedes sem ter a certeza de que o mesmo estava livre...Sou mulher e com o devido respeito que tenho "por mulheres de vida fácil" considero-as mais do que "outras"...e mais não digo vocês entendem por certo. No meu entender o Sr. Strauss Kahn pelo episódio que foi sujeito, nunca deixou de ser a mesma pessoa preocupada com o bem estar dos países adstritos ao FMI. Como pessoa pública que é há que ter o devido recato no que concerne ao julgamento do cidadão em causa, até que se saiba, se é que alguma vez se vai saber a verdade dos factos. Bem hajam. :-)

     

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