Carta aberta ao Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho
Não pertenço nem sou simpatizante do seu partido nem me encontro inscrita em nenhum, embora assuma simpatizar pelo Socialista mas…nas últimas eleições não votei nele, assim como não votei no seu nem em si e tão só porque os projectos que apresentaram de modo algum eram fiáveis, não me agradou a sua campanha política porque como reza o ditado antigo “com papas e bolos se enganam os tolos” ou então “muito riso, pouco siso”, votei sim no Dr. Paulo Portas porque me mereceu entre todos a minha confiança.
Compreendo que o país neste momento precisa de sacrifícios, gastou-se mais do que se tinha, aceito eu e todos nós portugueses o desafio, mas parece-me senhor primeiro ministro que seria mais aceitável por todos que o exemplo viesse de cima também , como sabe não é o que se tem visto. Pede-se ao povo sacrifícios e o povo faz até porque ama o país que o viu nascer mas infelizmente continua a assistir à maneira desregrada que os ministros, deputados, gestores continuam a viver e a exibir sem pejo , pelas dificuldades em que todos nós pobres contribuintes enfrentamos no quotidiano a sua abastança.
Somos classificados de histéricos por um presidente da república, de ignorantes como classificou a melhor aluna do seu curso da faculdade e ainda sarcasticamente lhe faltou ao respeito, de “choramingas” a este povo que quando toca a auxiliar o vizinho está sempre pronto a dar as mãos ajudando os mais carenciados, quando os senhores são incapazes de esticar a mão a um pedinte e se limitam a esbanjar o pouco que nos é emprestado pela comunidade europeia e que temos que pagar com juros. Recordo os carros topo de gama que continuam a ser entregues “às altas individualidades”, os ordenados em duplicado de funcionários públicos, as mordomias que os senhores continuam a alimentar sem prescindir de nada e haveria muito mais que apontar e o senhor sabe-o bem.
Em nome de todos os que pagamos religiosamente os nossos impostos e pagamos os ordenados dos governantes, por favor, não nos venha com o “conto do vigário”, seria mais honesto da sua parte que se calasse e não faça alarde do que não sabe, porque se todos os que foram para aqueles países africanos levando as suas poupanças, construindo o país que lá ficou (nomeio a agricultura no Vale do Limpopo por exemplo…) sem assegurar a continuidade dos seu povo não é digno de o representar. Se chamam a esses colonizadores então como classificam os que para lá vão agora com contratos fabulosos?
Haveria muito mais para escrever senhor primeiro ministro e o senhor entende que digo a verdade mas espero que com o tempo o senhor caia na realidade e guarde numa gaveta fechada a sete chaves essa sua demagogia.
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